segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Fragmentos sobre no que se transformou a paixão


Hoje levanto cedo, bato a mesma vitamina de mamão, banana e maçã como todos os dias. Penso em você, será que o dia começou bem? Me distraio com as atividades do dia. Vou para faculdade, escuto um amigo falando sobre o novo amor e uma outra amiga sobre aquela paixão secreta. Vez ou outra adapto as histórias à nossa e me pego falando de você. Quanto tempo faz que não nos vemos? Talvez um mês? Talvez dois meses?Foi tempo suficiente pra esquecer e lembrar ocasionalmente que eras parte grande do meu dia e hoje, não passa de lembranças corriqueiras de acordo com os acontecimentos do dia.

A emoção passou, o relacionamento, a paixão, inclusive o sofrimento pós-término. Mas ainda sinto seu cheiro por perto, vejo seu sorriso em minha mente e ao fechar os olhos, posso sentir o toque doce que acontece quando seus lábios tocavam os meus.

Há, amor. Ops! Amor? Não, não mais. Posso continuar com um apelido carinhoso? Posso te chamar de bichinho? Acho que assim dá pra ser, você, meu bichinho, só bichinho, meu, não! Oh! O seu cheiro de novo, o que acontece que de repente esse cheiro aparece?! Acho que ele simplesmente está na minha cabeça ou entranhado nas minhas narinas, ou gravado em meu coração. Fecho os olhos de novo, toco seu cabelo, seu rosto, desço um pouco mais, te puxo pela cintura e beijo sua boca. 

Mas a paixão passou, já não és mais aquela pessoa que eu via e suspirava, aquela era a fantasia que criei de você enquanto sofria da patologia "paixão". Você é ranzinza, gosta das coisas do seu jeito e é extremamente neurótica com limpeza, mas deixa a cama desarrumada. Cheia de neuras e manias, vive tirando a roupa (em público). Ah! Como tudo isso me irritava. Antes eu não via isso, até achava bonito. Hoje tudo isso e mais um pouco não me irrita mais, porque todas essas manias fazem parte da sua personalidade e por essa personalidade que há dois anos atrás eu me apaixonei mesmo sem saber de tudo.

Hoje invento saudade, invento um jantar com a única finalidade de te ver, te sentir, te irritar, me irritar e por fim, por mais alguns momentos me apaixonar por você mais uma vez.

Depois de tudo isso conclui-se que a paixão mudou, as  coisas se transformaram, mas não acabou, essa paixão virou amor, um amor que compreende, deixa livre e enxerga você como você é. E o melhor de tudo... Me permite apaixonar novamente a todo momento que olho pra você.

[Esther Riguel]

Obs: escrito em 11/05/2014, publicado somente para registro, nada ligado a ainda amar, hoje, 08/09/2014