sexta-feira, 20 de abril de 2012

Curso de Música da UFU


Resposta dos professores da Universidade Federal de Uberlândia ao artigo "Mediocridade Paga" escrito pelo professor SUBSTITUTO Álvaro Henrique na coluna Ponto de Vista do Jornal Correio de Uberlândia

Abaixo, a resposta dos professores da Faculdade de Música da UFU
Nós, professores do curso de Música da Universidade Federal de Uberlândia, vimos com pesar e indignação fazer uso deste espaço para esclarecer ao prezado leitor que não concordamos com as declarações do professor Álvaro Henrique em artigo intitulado “Mediocridade paga”, publicado no último dia 4 de abril no CORREIO de Uberlândia, no qual são feitas considerações em tom difamatório sobre a situação do ensino de Música nos conservatórios estaduais de Minas Gerais. É infeliz e leviana a projeção fictícia que o referido professor faz do que seria o conteúdo programático de uma escola regular em face do que, segundo ele, se pratica no ensino curricular dos conservatórios mineiros. Forjando itens como “Videogame” e “biografia dos Big Brothers”, o professor só reflete o deboche com que trata o ensino de música no Estado, baseando-se apenas em suas próprias convicções musicais e profissionais, diante das quais o que se estuda nos conservatórios mineiros seria de inferior qualidade. Ocorre, outrossim, que o artigo do professor Álvaro lança números imaginários para tecer o fio de sua incompreensão acerca do papel social e educacional da rede de conservatórios do Estado de Minas Gerais, pois tais números não são fruto de levantamento próprio, dados institucionais, e menos ainda dados científicos oriundos de qualquer pesquisa realizada. O professor fala do caráter profissionalizante do ensino de música nos conservatórios e o estende a todos os níveis desse ensino, quando o curso técnico – este sim, profissionalizante – é na verdade a etapa final de formação do aluno, equivalendo ao ensino médio em termos de alcance e grau. A importância do que se faz nos conservatórios vai muito além da formação de profissionais para atuação direta num mercado de trabalho musical, seja de caráter prático ou pedagógico. A música como bem cultural deve estar na vida dos cidadãos que queremos, capazes, sensíveis e mais tolerantes. As palavras do professor Álvaro Henrique ganharam as bancas e os lares da cidade e região tornando-se para nós motivo de enorme constrangimento e desconforto, como instituição de nível superior que compõe esse complexo de ensino que formamos juntos, universidades e conservatórios. E é justamente nesse ponto específico que centramos nossos esforços no texto que ora apresentamos para tentar minimizar o mal-entendido causado pelo professor Álvaro: o aspecto institucional. Queremos deixar bem claro que o professor Álvaro Henrique não é porta-voz do curso de Música da Universidade Federal de Uberlândia, não é representante dos seus professores, não faz sequer parte do seu quadro docente efetivo (o professor Álvaro Henrique é um professor de contrato temporário) e até por isso mesmo não deveria ter se pronunciado como professor da casa no tom em que o fez. Lamentável, porém, o fato serve pelo menos para que possamos aqui trazer esclarecimento ao leitor e renovar publicamente nossa estima para com os conservatórios mineiros em geral, da região e da cidade em particular, pois são parceiros efetivos em várias ações e projetos e mais que isso: parceiros no grande projeto comum de levar a música em toda a sua pluralidade ao maior número possível de pessoas das mais distintas realidades sociais, buscando assim transformar para melhor em alguma medida, mesmo modesta, suas perspectivas de vida e mundo.
Prof. Dr. Cesar Traldi
Coordenador do Curso de Música e Docentes do Curso de Música da UFU


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